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domingo, 16 de outubro de 2022

Sob custódia

 

A verdade por onde andará?
Translúcida –
Parece se esconder,
Em meio à tantas questões -
Por detrás de inúmeras notícias falsas.

O caos não gera mais a comoção,
As cenas cotidianas,
Alucinação pregando os efeitos.
Não mais colaterais –
Funcionalidade da normalização.
No teor da fumaça,
Um vapor de chumbo qualquer.

Desregrando a vida,
Em atos impensados –
Cometemos loucura.
Sobressaindo a insanidade,
Mantendo-nos sob custódia.
Aproveitando-se da inocência alheia,
Para atingir sórdidos objetivos.

A realidade fracassada,
A mentira não mais de pernas curtas.
Impondo-se cada vez mais energética,
Cumprindo as metas.

A lavagem cerebral,
Falta de raciocínio.
Fazendo inúmeras vítimas,
O apocalipse zumbi –
Sugando o sangue,
Energia vital –
De pobres mortais.

A lapidação imperfeita,
Gerando novas atrocidades.
Na labuta desigual da burguesia,
Colhendo os frutos do trabalho escravo.
A maioria lutando por migalhas,
De um governo falho.
Na busca por deveres,
Cortando os direitos.

Alimentando a indignação,
O mal se espelhando –
Como revolta.
A paz trancafiada em uma cela qualquer,
A violência batendo feito assombração –
Em nossas portas.
Na dualidade de poderes,
Intolerantes seres.

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