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quarta-feira, 13 de julho de 2022

Polarização desumana


Será que alguém sabe ou percebe o quanto estou me esforçando?

A cada dia é uma luta para o levantar,
Embora rápido,
Há um extremo enorme –
Um abismo entre o ser e o acontecer,
Numa ansiedade desmedida.

A lucidez se transforma em uma quimera,
O que desejamos a realização –
Das promessas de dias melhores,
Tão contundentes –
Quanto  a claridade que nos rege.

Por que o ser humano tem que ser tão contraditório?
A vida inerte –
Às vezes, por um triz,
Sem alguma diretriz.

Os sonhos amontoados em papéis,
Trancafiados em fichários.
Não dando a dimensão da intensidade,
Tão maiores quanto a realidade.
Deparando-nos com as adversidades,
Cada vez mais se fazendo notórias.
Arrefecendo as expectativas –
Desnorteando as perspectivas.
Deixando-nos menos ativos,
Em completa letargia.

Nada mais faz sentido,
Mergulhando de cabeça nessa polarização.
A transformação –
Em completa involução.
Perdendo a serenidade –
Os movimentos mecanizados,
As falas robotizadas –
Propagando-se –
Promovendo o caos.
Não existem mais os sentimentos,
Esfriaram-se na triste rotina –
Menos quentes –
Mais desumanizados.

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