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segunda-feira, 4 de julho de 2022

Asfixia involuntária


A realidade me asfixia,
Procuro me desvencilhar.
Como se me debatesse,
Para tomar o fôlego.

Essa atmosfera claustrofóbica,
Anestesiando-nos,
Cortando o vínculo com o surreal.
Tira os pés do chão,
Prende as asas.
Não é permitido sonhar?
Causa a sensação de ansiedade,
Arritmia –
Falta de ar.

Tal condição,
Não condiz com a perspectiva.
A sombra sobre o prisma,
A ditadura velada –
Atordoa a mente.
Criando a loucura,
Aonde não tem -
Gerando um desmantelo geral,
Na ordem do caos.
O que será que realmente acontece?

A energia condensada,
Revolvendo-se –
Uma poeira negra,
Embaçando a visão.
Incrédulos –
Caminhando sem direção,
E nem ao menos expectativas.
Com direito ao meio,
O receio de sair de nossas casas –
Quando se tem uma.

A mesma história,
Escreve-se a cada dia.
Os iguais erros macabros,
Como se o novo mundo –
Contasse as antigas histórias.
Repetem-se os mesmos ciclos,
Ao que acontece sem direcionarmos.

O que buscamos:
É sobreviver neste território hostil.
O qual não sabemos –
Quando conseguiremos escapar.
A vida insólita,
Como volúvel –
Tomando a forma que se tem.
Sem nenhuma chance da bonança,
A não ser o desespero.

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