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domingo, 25 de setembro de 2022

Chamada resistência


Homens incautos,
Transvestidos de incompetência.
Julgam ser maiores do que os outros,
Em tamanha prepotência.

Escondendo-se atrás de religiões,
Para cobrarem indulgência.
Mergulhados no orgulho, iminência,
Ao ser subjugado, nenhuma contingência.

Aos podres poderes,
Falhos, falta a eficiência.
Aos pobres recebendo migalhas,
Sobra a malemolência.

Aos impuros,
Resta a concupiscência.
Nos desejos a divergência,
Mais um corpo caído, condolência.

As dívidas sempre em pendência,
Os pecadores a penitência.
Um governo insólito, a decadência,
Quem deveria cuidar, negligência.

Por aniquilar, antecedência,
A comida em abstinência.
As contas do Estado, inadimplência,
O que falta na humanidade, sapiência.

Os da periferia, benevolência,
Pessoas com inteligência -
O surreal em ambivalência.

Os jogos de azar, condescendência,
Os legisladores e sua leniência -
O caos e a complacência.

O que nos falta:
A expansão da consciência,
O despertar para nova coexistência.

Na programada obsolescência,
O sofrimento, total veemência.
De uma parte da sociedade,
Em meio a precariedade –
Vestindo-se de resiliência,
A chamada resistência.

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