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segunda-feira, 7 de março de 2022

Paralelo questionável

 


O coração, às vezes, toma forma de terra arrasada,
Inúmeras perfurações, e nenhuma estrada.
Questionamentos sobre o que acontece,
A revolta no estômago embrulhada.

Por que tanto sofrimento?
Vislumbro a aurora boreal –
Descortinando o céu da imaginação.
Talvez seja o desespero,
Por momentos que transcenda a existência –
Para quê tanta insistência?

O desejo por mudanças,
Por algo que faça transmutar a realidade –
Com o poder da alquimia,
Desvanecendo o caos, o sofrimento e a dor.
Que esta seja espelhada na alegria,
Do coral de sorrisos – A harmonia.
E não em choros e lamentos,
Vil descontentamento.

Ao abrir os olhos, a verdade é diferente,
Do que imaginei na beleza da ilusão.
O que resta a qualquer momento, a importunação,
Pareço que flutuo em transe – Decepção.

O indesejado apossando-se do cotidiano,
Sem alguma forma de aviso prévio –
Pegando-nos de surpresa.
Modificando os planos,
Como se fossemos obrigados a engolir a seco,
Goela abaixo, todas as suas mazelas,
Os maus feitos – Sangria esparrela.

Sem contestar –
E nem tão pouco colocando em prática a proteção.
É o que nos mantém vivos,
Neste estado de manipulação.
Promovendo a desordem como armas,
Fazendo com que caiamos em armadilhas –
Arrefecendo a dignidade.

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