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quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Pretensão do dom

 

É sempre o mesmo grito –
Sufocado –
Preso na garganta –
Desejando expandir,
Mas que por alguma razão:
É aprisionado –
Surpreendido –
Asfixiado.

Luta remota aqui dentro,
Inconstante.
Dependente,
Unicamente de si mesmo –
Para sobressair.

O dom –
É a pretensão infinita,
Batalha consciente.
Desejando desbravar –
Novos mundos.
Mas que por alguma razão,
Fica restrito em desejos.
Incongruentes desmantelos,
Que a vida oferece.

Na rendição dos contratempos,
Demasiados atropelos –
Impostos pelos destinos.
Na tenacidade –
Com que se cruzam,
Tirando-nos dos trilhos.
Não nos tornando capazes,
Porém, ensinando-nos a buscar –
Outro modo para nós capacitar.
Nesta luta desigual,
Labuta diária – Inconstante.
A questão é tão disforme,
Não gera a igualdade.

Com o corpo esguio,
A cabeça em pé –
Triunfante.
Uma guerra que nos ensina:
A sermos fortes –
Todos os dias.
Mesmo que por dentro,
Corroendo as entranhas.
Encontrando-nos em flagelos,
Às vezes, sentindo-nos derrotados –
Sem nos darmos conta:
De que somos com tal –
Guerreiros,
Neste mundo aventureiro.

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