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sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Armadilhas e contradições

 

Batalhas todos os dias são travadas,
Na busca constante pela resiliência.
Inconstante abstinência,
Por datas de paz –
Na infinita paciência,
Por longas horas.

Ao amanhecer o peso da bigorna,
Sobre nossas cabeças –
Em nossas costas.
Ao abrir os olhos realizando velhas apostas,
Toneladas e mais toneladas –
A cor da pele,
O lugar ao qual se mora.
Sujeitando-se ao nada –
O tudo em plena truculência.
O código postal em desfavor,
A favor da gentrificação.

O Estado não tolera os favelados,
A não ser em ano eleitoral.
Mesmo aquele que tem educação,.
Histórico escolar gabaritado.
Somente mais um negro –
A lutar pelo lugar ao sol.
Assim tentar fugir da triste estatística,
Do Governo omissor –
Conteúdo magistral.

Nenhum símbolo é capaz –
De transformar tal realidade.
Quando na pele se vive a verdade,
Por que tamanha inferioridade?
Somos filhos do mesmo criador,
Imagem e semelhança.
De igual infligindo as leis,
Em atropelos –
Mera desesperança,
Não disponibilizando igualitárias oportunidades,

Descrentes –
Está é a verdadeira questão.
Julgados por tais condições,
Condicionando-me através da ilusão.
Entorpecendo as mentes –
Em sombria agonia,
Armadilhas e contradições.

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