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segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Efeitos colaterais


Governos –

Sejam de quais lados,

Agem por vis interesses, 

Fortalecendo altas classes.

Ininterruptas maquiagens,

Movendo peças,  cara de pau.

Armando o teatro sórdido, 

Espalhando o mal.

Promovendo o caos,

Instigando a balbúrdia. 

No final das contas  -

São os mestres em ludibriar,

Culminando em efeitos colaterais. 

Derramamento de sangue inocente, 

Esvaindo-se vidas e futuros.

Populações inteiras em apuros,

Justificando o genocídio, 

A desleal gentrificação.


Até quando sofreremos tais desmandos?

Amedrontados por vários comandos, 

Seja de qual natureza for.

Prevalecendo o desfavor,

Filhos indesejados de uma Pátria Mãe gentil.

Os bastardos sem zelo – Pariu,

O pobre, preto e favelado. 

Brancos nascidos, berço de ouro,

Criados a pão de ló.

Ruminando arrogância, 

Exibindo falsa sofisticação. 

Mostrando-se empanturrar, sem dó, 

Nas comunidades o retrato da fome.

Os restos na barriga, 

Velha síndrome –

Ou será mero descaso?


Acrescente a revolta, 

Apavorante violência. 

Na mira do fuzil,

De surpresa na porta –

Explosão da granada.

Sem nenhuma clemência, 

Destruindo tudo em segundos,

A construção –

Da existência inteira. 

Desconstruindo os sonhos,

Queimando os rascunhos.

De idades tão precoces, 

Frágeis alicerces. 


Cada amanhecer é um desafio, 

Faca de dois gumes –

Com afiados fios.

Entoando o agradecimento à Deus, 

Ao chegar em casa.

A vibração na alma,

Mais um dia de trabalho. 

A “paz” que trás a calma,

De repente,  a grande ameaça. 

Estampidos por todos os lados, 

O estilhaçar das vidraças.

Terror, arrefecimento da graça, 

O Estado fazendo pirraça.

Na tentativa do combate, 

Do monstro que alimentou, desespero. 

No modo despreparo,

Prevendo o tiroteio. 

A população no entremeio,

Antigas questões. 

Municiada está a corrupção, 

De mudar a esperança. 

Em clima de putrefação, 

Amparada por uma guerra sem medida –

Impulsionada pelo poder e ambição. 


“O que não tem remédio, 

Remediado está.”

Manipulada a massa,

O povo desnorteado. 

Em quem acreditar?

Nada mais é sabido,

Cometendo erros e pecados. 

Caminhando de um lado –

Para o outro, 

Completamente desnorteados.

Efeito de formigueiro, 

Em um momento de tempestade. 

Entorpecidos pela realidade, 

Almejando um alento.

O fim do sofrimento, 

Enfim,  a felicidade. 


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