Quem desejar colaborar com a manutenção do Blog Poesia Translúcida, é muito simples: Pix 21987271121. Qualquer valor, o mínimo será muito bem vindo! Muito grata!

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Transmutação da realidade

 


Como mudar essa realidade, 

Que sem ao menos pedir licença, 

Vem e nos atropela?

Causando grandes estragos, 

Tão de surpresa  -

Atravessando os nossos caminhos. 

Qual é o lugar mais seguro?

Se é que ele existe.


Vagamos incrédulos,

Pelas ruas correndo riscos.

A mercê de qualquer tipo de violência, 

Que pouco a pouco –

Destrincha a nossa alma,

Fazendo-nos vagar feito zumbis,

Transformando o peito, pedra de gelo,

Coração de aço. 


Seguimos em completo desatino, 

Por trilhas que os pés reconhecem, 

Mas as sensações não são de alívio –

No mar revolto da ansiedade. 

A qualquer estampido,

Sobressaltos e gritos de pavor.


Não precisa ir muito longe,

Ali acampados na esquina –

Ressurgem as ameaças. 

Não tem idade,

O desespero humano. 

Na luta pela sobrevivência, 

Vem desde criança. 


Gerações sobre pressão, 

Será que veremos alguma mudança?

Neste bombardeio de informações, 

As fakes news e suas vítimas.

Um país amordaçado pela corrupção, 

Respirando a base de aparelhos –

Olhos incrédulos pela consternação. 


O Estado omisso  -

A consciência pesada,

Dorme tranquilamente mais uma noite. 

Para que se preocupar,

A segurança calibrada,

Não  protege a quem deveria. 


Na labuta diária, 

O pobre trabalhador –

Levanta aos açoites,

De uma vida negligenciada.

Fugindo dos tiroteios,

Terrenos hostis.

Em qualquer hora,

Não há momento –

Interrompendo o itinerário,

Da longa jornada.


Onde está o prazer?

O sopro da satisfação, 

Pelas conquistas –

Assistimos perecer.

Em alguma tela disponível, 

O antagonismo da felicidade. 

Deparamo-nos com a fria verdade, 

Aguardando o descanso incrível  -

O que não mais terá,  o justo.


domingo, 10 de novembro de 2024

Principal silêncio

 


A minha alma clama por silêncio, 

Em meio à turbulência do caos.

Tento manter o equilíbrio, 

Limpando a mente –

Apaziguando o coração,

Equalização dos sentimentos –

Desvanecendo a falta.


Não quero o muito,

Apenas o suficiente.

Para sobreviver aos sacolejos,

As consequências da inércia -

Que por vezes, causam-me tonturas.


Quem disse que a vida,

Não seria essa loucura?

Que nos envolve em devaneios,

Promovendo inconstâncias –

Envolvendo-nos em desafios. 


Às vezes, seguimos por um fio,

E ao pensarmos em cair,

Pegamos o impulso. 

Jogando-nos para cima,

Sob o efeito catapulta –

Fortalecendo o nosso brio.

***

Não se martirize,

Por algo que não saiu, 

Como o planejado. 

A vida tem o seu jeito especial, 

Para acontecer.

O resguardo –

É a melhor maneira, 

De preservar as energias. 

Poupando-nos de empecilhos maiores,

No momento exato,

Os teus anseios se realizarão. 

Dádiva maior –

É aquela quando estamos bem,

Principalmente,  conosco. 

A ajuda é necessária, 

Mas não basta querermos.

Do outro precisamos da autorização, 

Para que receba o auxílio. 


O que vivemos na terra,

É um ciclo.

Tudo precisa está em comunhão, 

Para que as engrenagens –

Possam se movimentar. 

O principal silêncio, 

É o que ocorre –

No profundo de nossa essência. 


Sonhos lúcidos

 


Passos lentos...
Pela noite escura,
Tentando desvendar os mistérios.
Os que me perseguem sempre,
Ultrapassando todos os limites –
Principalmente,  do meu corpo.

Volita o espírito, 
Percorre por outras dimensões.
Não me peça explicações, 
Na essência, 
Reverberam as reações. 

A cada sonho,
Ressoa tudo tão enigmático. 
Prevalecendo as pistas,
São inúmeras as tentativas. 
Infinitos pontos, 
Novas perspectivas. 

Sinto-me em um beco sem saída, 
Lutando,
Como se dependesse a vida.
Para respirar o ar,
Os labirintos se tornam mais densos.
Pareço cair, ao chegar mais perto,
De toca-lo fazendo menção. 
Tudo desaparece feito mágica, 
Causando-me ansiedade –
O coração quase saindo pela boca.

Por que acontece,
Se o desejo é de conexão?
O presente da aproximação, 
Para aliviar o desconforto da alma,
Sei que essa é apenas uma viagem –
Que terei que suportar até a passagem.
Se em algum momento terei a resposta?
É simplesmente um grande ponto de interrogação, 
O início está na linha tênue do equilíbrio. 

A terceira dimensão trás os seus percalços,
Repleto de sustos e sobressaltos.
Em algum momento,  receberei a recompensa, 
Os meus dias de volta.
Será o que vivo nesta realidade,
É apenas uma missão?

Desde que me entendo,
Convivo com o despertar. 
Enquanto,  aos outros  -
Mergulhados em sono profundo,
Sem visualizar o entorpecimento,
Causado pela ilusão. 

Não importa!
Basta apenas um piscar de olhos,
Desvendarei –
Se a mim for permitido. 
Cairá por terra,
O  véu do esquecimento. 
O que aqui plantar,
Colherei na sutileza,
O que construir por direito. 

sábado, 9 de novembro de 2024

Recado da espiritualidade


Ressoo em gratidão, 

Por fazer parte dessa egrégora –

Da ancestralidade.


Peço sabedoria e discernimento, 

Para saber o momento:

De falar,

De agir,

De ouvir,

Principalmente,  o momento do silêncio. 

De saber entrar e sair,

Do essencial respeito, 

E reconhecer também quando não há. 


Sou humana,

Com toda a fragilidade. 

Como também possuo poderes,

Em realidades paralelas.

A espiritualidade, 

Abrangendo o sobrenatural. 

O pacto enaltecendo a luz,

Na transmutação do caos. 


Entrego o meu corpo,

Devoto minha alma.

Permito ser membro da reconstrução,

Da convivência com a harmonia. 

Da nova conscientização,


Quem se despir:

Da vaidade,

Do ego,

Da ganância,

Da soberba,

Da ambição, 

Constituirá de sua parcela.

Do contrário,  

Serão barrados.

Palavras pronunciadas em vão, 

Não se farão necessárias.

E, sim, o frequenciamento das energias,

Em sinergia. 


Selaremos uma nova Era,

Onde desvanecerá o véu do esquecimento. 

O corpo físico será um mero acaso,

Então,  vigiemos cada atitude.

Sem pressa,

Sem julgamentos,

Sem o apontar dos dedos.

Banindo as religiões, 

Condicionados à espiritualidade. 


Que toda egrégora, 

Possa nos encaminhar –

Para a realização do bem.

Somente dessa maneira, 

Vivenciaremos a paz.


Solitude em si


A terceira dimensão, 

É tão enigmática –

Quanto aos nossos atos.

Abastecendo-nos de ilusões, 

Por vezes, serenas –

E, na grande maioria,

Apoteóticas.


Não me espanta o fato,

Do deslumbramento. 

Não necessariamente, 

Estamos acostumados –

A lidar com o extraordinário, 

A menos de centímetros –

De distância. 


O que aconteceria, se ao menos,

Conhecêssemo-nos de verdade?

Quantas máscaras, 

Cairiam ao chão?

O que aconteceria,

Se não pudéssemos mentir?

Reconstruiríamos um mundo bem melhor,

Um lugar ameno e habitável.


Para ser bem sincera,

Não sei se alguém  -

Realmente tem esse poder,

De saber quem eu sou –

Em minha total essência. 


Se for para me socializar, 

Com quem não tem a igual energia, 

Prefiro co-criar em mim –

Um Planeta,

Em minha mente. 

Do que me permitir a futilidade,

E me despir da completa vaidade. 

A solitude em si tem as suas vantagens, 

E é ela que me mantém viva.


sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Imperfeições de uma vida


A ancestralidade – 

Sempre está presente diariamente.

Mas quando criança não nos damos conta de sua companhia,

E agimos com naturalidade. 

Com o passar dos tempos,

Senti uma tomada de consciência,

Transformando-se no pulo do gato –

Um salto quântico. 

***

Certo dia, com os pensamentos livres,

Andando pela rua,

A mente vazia.

Alguém de outro plano astral soprou aos meus ouvidos:

- “Você já conheceu a sua alma gêmea!”

Uma voz tão suave e melodiosa.

- Como assim? Não a reconheci!

Nenhuma resposta.

Ficou o completo silêncio. 


Em tempos atuais,

Não apresento mais essa necessidade de está com alguém. 

As linhas do destino nos leva em tantas direções,

Apresenta-nos tantas possibilidades.

Sem contar que, para viver neste grande teatro chamado Terra,

Você se ver obrigado a viver e a interagir com várias personalidades e caráter. 

Muitas agem de forma duvidosa.


Compreendo que a minha vida não foi difícil, 

Como também não foi fácil,

E,  nem facilitada por alguém. 

Desde cedo, fui moldada, fomentada a ferro e a fogo para me proteger. 

Quem sabe esse meu comportamento atual seja resquício disso:

De evitar perigos e a maldade humana. 


Mas quem sempre esteve comigo?

A proteção divina: 

A espiritualidade,

A ancestralidade, 

Principalmente,  do meu povo negro e indígena.

Em tempos atuais, posso ser branca como uma cera,

Porém, lá trás, a melanina ditava as suas regras -

E com certeza, trago isso comigo. 

Muitos tentaram apagar de minha consciência, 

Qualquer sensação de pertencimento -

Que hoje vibra por minha essência. 

***

Quando não se tem a oportunidade de se pronunciar, 

Escrevo –

Para que nossos escritos possam alcançar distâncias permitidas e despertar o desejo para o entendimento. 

***

Momentos marcantes,

Sejam eles felizes ou não,

Determinaram muito o que sou hoje.

Principalmente,  a maneira como fui tratada, 

E que de certa forma não mudou muito. 


Observando vários lados de um mesmo prisma,

Amo a perspectiva da invisibilidade.

Onde as pessoas estão à um palmo e não me enxergam.

Confesso que não é de todo ruim,

Evita bastante coisa –

Prendendo-me ao meu verdadeiro eu.

Não querendo me transformar em alguém que não sou:

Fútil.

***

Não importa o que aconteça, 

Há toda uma egrégora caminhando ao nosso redor –

Protegendo-nos, se assim, o permitirmos que se faça. 

Todos esses espíritos desencarnados,

Sempre tiveram a missão de nos proteger.

E enviando pessoas encarnadas  para também o fazer.

Não que tenhamos algum merecimento, 

Todos na Terra o tem!

Mas que por algum motivo, não tem permissão para não interferir no livre arbítrio alheio.

***

Acredito que faço alguma menção de quem seja essa alma gêmea.

Portanto,  como disse, 

Não soube reconhece-la.

Porque quando se apresentou,

Já carregava alguns de meus traumas.

Sem intenção,  despertou-me um gatilho. 

Naquela época não falávamos sobre este assunto.

E nós dois ficamos sem saber o que de fato aconteceu, 

A imaturidade sentimental gritava.

Mas tudo bem...

Sobrevivemos ao caos dos anos noventa.

Sem falar sobre outro aspecto,  a vida era bem mais tranquila, 

Sem frequentes ameaças.


Hoje em dia,

Só desejo uma vida mais equilibrada,

Depois de todos os riscos,

E de tantas turbulências  -

Deixei para trás,

Qualquer inquietação. 

Guardei em uma gaveta do coração,

O amor romântico dos contos de fadas.

Já que as minhas experiências não foram muito bem como as planejei.

Os felizes para sempre,  surtiu efeito quando tomei as minhas próprias rédeas,

Permitindo ficar quieta com a minha paz de espírito,

Preferindo ser a bruxa da história. 


Não são todos que estão preparados para possuírem a tal da responsabilidade afetiva,

Seja em qualquer tipo de relacionamento.

Então,  optei por ser responsável por minha pessoa, 

Ainda mais quando se está em pleno ano de dois mil e vinte e quatro. 


E pelo andar da carruagem, 

Não encontrarei a tal da alma gêmea.

Porque possuímos vidas bem distintas,

E para falar a verdade, 

Está bem confortável por aqui.

***

A vida flui –

Segue o seu curso.

Não posso ser a melhor pessoa do mundo, 

Não há problema em não ter um diploma, 

Ou realizar um discurso pronto.

Cada um fez e realiza as suas escolhas –

Eu fiz e faço as minhas.

Nenhum arrependimento,

Porque hoje sou o que me tornei a partir delas.

Seguirei o meu caminho,

Por aqui traçando cada rota –

Até quando Deus me permitir.


Sendo luz na vida de alguém,

Ou de quem precisar. 


Sejamos luz!


quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Renascidas das cinzas


Nem sempre estarmos acompanhadas,

Trás algum sentido.

Às vezes, possuímos a nossa melhor versão, 

Ou melhor,  ela renasce quando estamos sozinhas.

Somos mulheres,

Feito fênix –

Renascidas das cinzas.


Não é por egoísmo, 

Mas sim, porque possuímos a Natureza de nos anular quando acompanhada.


A Mulher não reconhece o poder que tem,

Por isso,  que desde o início foi:

Atacada,

Subjugada, 

Ameaçada,

Muitas tombaram.

Infelizmente,  continuam a perecer,

Diante da perversidade humana. 

Pelo simples intuito de querer domar a sua personalidade,

Porque a resiliência brota de sua essência. 


A Mulher –

Tem a astúcia de sangrar todos os meses,

E, de não morrer.

Pelo contrário...

Revigora as suas energias. 


Então ,  Mulher!

Não tema em ficar sozinha!

Lute por algo que valha cada gota de seu suor,

Jamais se permita sangrar na mão de algum algoz.


Como Mulher,

Devemos aprender a lidar com as nossas próprias sombras, 

E, principalmente,  com o caos alheio.


A paz existe!

Ao reconhece-la, 

Não a trocamos por nada!


Que sempre haja luz em nossos caminhos. 


terça-feira, 5 de novembro de 2024

Verdadeiro poder

 


Abstenho-me –

Devoto-me -

Ao absoluto nada,

Esvaziando a mente.

Sincronicidade com anos de decepções, 

Ressoar com a invisibilidade  -

Co-crio a felicidade. 


Diferente de todos,

Quer dizer, não igual a todo mundo.

Restabeleço a conexão, 

Aceitando o papel da espiritualidade –

Gratidão à Ancestralidade,

Proteção, a realidade. 


Purificando os pensamentos  -

A alma e o coração. 

Buscando incessantemente o equilíbrio, 

Iluminação com os bons presságios.

A densidade da terceira dimensão, 

Antagonismo com o caos.

Para validar o que realmente somos,

Independente dos cromossomos.

Cada qual escolhe o lado do livre arbítrio,

Toda ação gera uma consequência. 

Desbravando do destino o mar bravio,

Transformando as linhas tracejadas.

Em constante reta,

Unindo os pontos –

Tornando o inevitável em abundância. 


O verdadeiro poder, 

Não se encontra ao lado de fora -

Está em nosso interior. 

Tornamo-nos capazes a compreensão, 

Abrir os olhos para o novo.

Redescobrindo dimensões paralelas,

Em diferentes planos. 

Deixando de lado o físico, 

Corpo denso.

Volitando –

A sutileza suspenso.


sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Carta para Novembro - 2.024

 


Novembro  -
Seja muito bem vindo,
Com alegria e felicidade. 
Que com você também venha:
A energia da purificação e da cura.

Em novo ciclo que se abre,
Com ele renovadas as esperanças. 
Descortinando no céu um azul piscina, 
Sem ameaças turbulentas.

Novembro da luminosidade  -
Novembro do signo de escorpião  -
Novembro que acolhe a minha data –
Que traga novas possibilidades a serem exploradas. 

Os dias estão cada vez mais corridos, 
Sem ao menos nos darmos conta dessa agitação. 
Ao piscarmos os olhos, já passou.
E ao nos darmos conta, parece  que todos os planos ficaram apenas em nossas mentes ou desenhados no papel.
Com a ventania fazendo bagunça, retirando tudo do lugar.
Mas ao final de tudo,  amamos colocar as coisas em ordens.

Embora, com todo o caos que nos ameaça,  há sempre uma ponta de utopia.
Recriando a dignidade por dias melhores diante das alheias escolhas equivocadas.

Novembro deve e precisa ser mágico com a sua densidade costumeira, transformando-a em translúcida. 
Para que as novas gerações possam fazer parte deste ciclo sem correrem riscos.

Perdendo o medo –
Desvanecendo o desespero  -
Colocando na vida especial tempero,
Acrescentando alegrias e momentos leves em suas vidas.

Novembro  -
Seja e traga boas notícias.
Aquelas radiantes que tanto necessitamos ouvi-las,
Como canções da nossa banda preferida. 

Novembro  -
Seja a dualidade de escorpião. 
Com todo o seu magnetismo e mistério,
Fazendo equilibrar os seus polos:
Positivo e negativo. 

Que Novembro –
Seja repleto de paz!

Sejamos luz!