Será
que sobrevivemos em uma grande simulação?
Por entre
jogos de azar e manipulação?
A custa
de sonhos perdidos -
No auge
da ilusão.
A juventude
coagida,
Um cabo
de guerra desleal.
Será
que vale tudo –
Em nome
da ostentação?
Tantas
vidas perdidas –
Sangue
inocente derramado.
A dualidade -
Brincando
com a realidade.
Faca
de dois gumes,
Servindo
para lados opostos.
Guerra
desfavorável,
Em prol
da corrupção.
Ganha
mais –
Aquele
que tem o dom:
Da bajulação.
De cartas
marcadas,
De carmim
manchado.
População
encurralada,
No meio
do fogo cruzado.
Quem
será a próxima vítima -
No meio
da rua,
Ou dentro
de casa?
Qual
foi o dedo que apertou o gatilho?
Um...
Dois... Três... Ou mais...
Disparos
fatais.
Ceifando
mais uma vida,
De promessas
não cumpridas.
Escorrendo
o líquido da vitalidade,
A humanidade
descrente.
Outra
vez encarcerada em inverdades.
Por onde
andará a razão,
O Estado
e a degradação?
Ou o
menino negro e pobre da periferia,
Que desejava
ver a luz do dia,
Sob outra
perspectiva.
Mas acabou
com um fuzil em suas mãos,
Morreu
vítima da covardia.
Quais
foram os seus medos?
Ou sofreu
uma decepção?
Do Estado
que deveria acolher,
No entanto, não o deixou florescer.
Levando-o
para outro rumo,
Mudando
planos,
Somente
pontos de interrogação.
Esvaiu-se
a esperança,
O brilho
no olhar da criança.
Deu lugar
à violência,
Munido
de carência.
Em neom
no peito,
Refletindo
um alvo.
Tão certeiro,
provocativo,
Marcado
para o abate.
Preparado
ou não, para o combate.
Qual
o crime cometido?
Apenas
o de ter nascido?
Em um
lugar desprotegido,
Onde
os magnatas têm os seus escolhidos.
Uma sociedade
que não preza a igualdade,
Promovendo
deslealdade.
A troca
de nada,
Impondo
preços, exceto valores –
Exterminando
os desertores.
Sem
a menor piedade,
Falta
de escrúpulos -
Tachados
de nada,
O último
suspiro,
Em nome
da iluminação,
A busca
pela felicidade –
Desejando a ascensão.
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