A vida é surpreendente,
Às vezes, promovendo algumas reviravoltas.
Como águas que se movimentam, engrenagens,
Trazendo à tona antigos sentimentos.
Um flash back,
Uma lufada de ar.
De repente, você,
Não sei quem tu és.
Novamente no meio do caminho,
Talvez um mero estranho -
No meio da rua.
Não tem problema.
O que importa é saber quem eu sou,
Depois de anos,
Não mais aquela pessoa frágil.
O ser humano que me tornei,
Forte e decidida -
Atravessando as agruras da vida.
Mas nem, por isso, amargurada.
E, sim, transmutada –
Em um ser de luz.
Observando -
Acolhendo o bem,
Amparada pela ancestralidade.
Ao meu modo vivenciando a felicidade,
Cultivando-a em retalhos de papéis.
Indecifráveis rascunhos –
Desenvolvendo a vivência.
Vestindo-me de resiliência,
Ajudando a quem for necessário.
Quantas vezes,
Atravessei a correnteza de rios,
Para escapar das tempestades?
Transmutando-as em armaduras,
Para não transparecer o medo.
E, hoje o que aqui mora,
Em meio à terceira dimensão.
Por que não tanta loucura?
A defesa foi sempre me manter em pé,
Mesmo desejando desmoronar.
Quem foi que disse que nunca cai?
Confesso que sim!
Mas também me reergui,
Quase me faltando o ar.
No último milésimo,
Demonstrando ao contrário.
Do que muitos imaginavam, não!
Sou eterna –
Sou efêmera -
Repleta de energia positiva,
Mas também de sombras.
Em forma de cicatrizes,
Para lembrar de dias cinzentos.
Transformando-os em aprendizado,
Assumo todas as culpas e diretrizes.
Em busca da iluminação,
E quem sabe, alcançar a ascensão.
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