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terça-feira, 8 de abril de 2025

Em silêncio II

Em silêncio  -
Transmutando a mente. 
De pensamentos equivocados, 
Infinito caos. 
Nada é diferente,
Da perversidade exterior.
Onde me encolho de frio,
No íntimo,
Necessário calor.

O que faço aqui?
De onde vim?
Para onde vou?
Questões sem respostas,
Não foram construídas as janelas.
Fechadas estão as portas, 
Qual a finalidade?
Sinto-me asfixiada,
Para o vazio que me rodeia.

Impossível não acontecer o cansaço, 
Esforçando-me a cada passo. 
Na harmonia buscando o compasso, 
Distante estão os abraços. 

Sei que nesta caminhada,
Há uma longa estrada,
A ser percorrida com total resiliência. 
Emoldurada com ausências, 
Diante do crescimento. 
Existe uma escolha,
Ou diversas delas,
Entre luz e sombras.
De repente, 
Transformou-se com uma única palavra. 

Não condeno os outros por ser assim, 
A medida que o tempo passa,
Transmutação sem fim.
Mudam-se o passatempo, 
Velhos hábitos perdem a graça. 
É a máxima da vida,
Não estou sendo atrevida, 
E nem fazendo pirraça. 
As pessoas são controladas,
Não enxergam a manipulação das massas,
Agindo como se não houvesse o amanhã.

A morte não é algo finito,
Apenas realizando a transição. 
A alma volitando por remota dimensão,
Abandonando o corpo físico,
Evoluindo ou não na expansão. 

Quem foi?
E quais serão os escolhidos?
Ou simplesmente os excluídos...
Sem apelo,
Mas um convite para a reflexão. 
De crenças religiosas,  liberta,
A exceção de impor conhecimentos. 
Faz algum sentido,
No que pressentimos em nosso âmago?
O tão sonhado aconchego,
Tornando-se abrigo.
E não sendo o medo,
A sensação de perigo.

Não estamos aqui por acaso,
Na iminência de determinado prazo.
Quando redescobrimos a verdadeira missão,
De sermos pessoas instruídas.
Buscando o real conhecimento, 
Do aprendizado,  a contribuição. 

Não me leve à  mal,
Em meu silêncio. 
A constante observação, 
Transmutando a mente.
Praticando a alquimia, 
De sombras em luz,
Energia límpidas.
Transfigurando o espírito,
Dissolvendo os pensamentos equivocados.
Infinito caos,
Nada é diferente. 
Quando o extraordinário se faz presente, 
Dissipando a tormenta exterior.
Onde me encolho no frio,
Miscelânea de sensações,  arrepio.
Um mergulho para dentro,
No íntimo, abastecendo-me de calor.

Em silêncio –
O meu porto seguro.
Distante do burburinho alheio.
Cultivando a paz. 
Aguardando o instante exato,
De retornar,  
Ao verdadeiro lar.


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