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sábado, 26 de abril de 2025

Carta para a humanidade XXVI

 


A verdade nada é o que aparenta ser,

Mostrando-se contestável.

Em situações, 

Que se transvestem de maquiagens,

Enfeitando-a de mentiras.

Agindo dissimulados,

Munidos de manipulações. 

Fomentando a polarização,

Incendiando as massas. 

Impondo ideias, as fakes news, 

No ringue invisível. 

Geram a discórdia,

Uns contra os outros.

Numa luta armada ou não, 

Beirando o suprassumo da idiotice. 

O psicólogico em contradição, 

Perdendo a razão. 


Quem foi que disse,

Que sairíamos ilesos,

Sem algum arranhão?

Corpos despedaçados,

Em meio à crescente violência. 

Alimentando a energia do caos,

Sobrevivendo à deriva, 

Por ai, de alguma nau. 


O futuro é incerto na incongruência,

Da maldita clemência. 

Lançando a mão de efeitos colossais, 

Para impressionar os incrédulos.

Com suas performances teatrais,

Arrebatando montante de indivíduos. 

Não importa a qualidade do raciocínio, 

E sim, a quantidade de peças,

Nunca fecha esse quebra-cabeça.

Quanto menor exímios na arte do pensamento,

Será maior o divertimento. 

Condicionados de um lado para o outro,

De qualquer maneira,

A submissão estampada.

De cabeças abaixadas,

Reprisando a velha ladainha. 

Imensa fila indiana, 

Como zumbis à passos lentos. 

Chegando sempre no vil objetivo, 

Enquanto,  demonstram forças os algozes.

Na intensidade da escuridão, 

Estão sempre mais velozes. 

Qual será o ponto de ebulição,

Para entornar esse imenso caldeirão?

Desfazendo o mal feito,

Dissolvendo os relevos.

Intensificando a utopia dos sonhadores,

Revelando os delatores.


Não há como prever os próximos movimentos, 

Na inércia de dias ímpares. 

A efervescência do inacreditável, 

Dispensando o que é real.

Na proeminência do sobrenatural, 

Contradizendo a salvação. 

A morte súbita, 

Ou a passagem para outra vida.

Os poderosos escolhem nos deixar de mãos atadas,

Seguindo pela velha estrada. 

Feito bois de piranhas,

Vagando às cegas.

Cessando à mercê do primeiro projétil,

Sem nos precavermos, 

Ou realizando a auto defesa.

Na realidade, 

Divididos em ilustrados arquivos. 

Intitulados os dispensáveis,

Como indispensáveis somos a pequena minoria.

Tratados como gados, o alimento. 

Nem sempre cai a ficha,

Mas se tomba um corpo ao chão. 

Servindo como a densa iguaria,

Gerando traumas e confusões. 

Apenas mais um número na estatística, 

Derramando o sangue.

O sacrifício da vida,

Até quando estaremos sujeitos?

O corpo físico, 

A terceira dimensão. 

Onde somos cultivados,

Sem o menor interesse da ascensão. 

Há quem desperte –

Tentando escapar da infelicidade. 

Iluminando o âmago, 

Fugindo da remota escuridão. 

Não há falhas,

São jogos de interesses.

Subjugando o outro em troca de poder,

Atendendo à desejos nefastos.

Satisfazendo-se sob a vontade alheia,

Importunando com a dor,

Decorrente do sadismo.

A crescente derrocada da sensação de paz,

Na iminência mais ameaçada.


Até quando suportaremos tais demandas?

A população de bem realizando as cobranças.

Não ecoam as vozes,

Não há ressonância. 

Os Estados,

Representantes de governos ocultos,

Incitando a implicância.


Com quantas vidas se constrói  a comunhão?

Um mundo novo e repleto de harmonia, 

No presente, as ameaças da supremacia.

A esperança se renova com o amanhecer de mais um dia,

De vencermos com galhardia. 


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