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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Alto valor da essência

Um vazio,

Completo borrão. 

O ecoar da música, 

Os acordes pesados do metal.

O silêncio da mente, 

O oco no coração. 


Imperceptíveis vibrações, 

Dominando a arte da proteção. 

Anulando as emoções, 

Completa percepção.

Adeus a ingenuidade,

Quero paz e felicidade. 


Até quando será possível,

Este estado imprevisível?

O de se resguardar,

De interesses mórbidos.

Movidos pela carne,

Crescentes crimes e pecados. 

Transformando-se em troféu, 

Não há mais a ilusão. 

Faço-me desperta, 

Caiu por terra o véu –

Aguçada percepção. 


Ensinaram-me:

O tanto fez,

Como o tanto faz.

Nem todos são, 

O que aparentam ser.

Em joguinhos vis,

Para o entretenimento.

Paga-se um alto preço,

Pelo poder do pensamento. 


Em dias em que mais nada importa, 

Deleites fúteis, 

Batendo à porta. 

Usando e lambuzando-se,

Ao bel prazer.

Observo à todos,

Nem sempre passam impunes – 

Ao meu clivo.

Há o momento certo, 

Para a última cartada.


Na quietude, 

Transmutação das energias. 

Desfazendo a densidade, 

Renovo a realidade. 

O ego deixando de lado,

Alto valor da essência. 

Mergulhando no interior, 

Ascensão da consciência. 

Enaltecendo o próprio amor,

Total luminescência.


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