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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Desordem


Desordem –

O caos que nos espreita, 

Derrubando a cerca,

Invadindo as nossas casas.

Qual o mal que cometemos?

- Perdão!

Qual é o pecado?

- Com exatidão!


O simples fato da existência, 

Agindo sem coerência. 

Aflorando a barbárie, 

Antes escondida. 

Hoje mostra a cara,

Sem peso e nem medidas.

Chocando toda a sociedade, 

A turbulência manchando a realidade.


A qualquer momento, 

A população pega de surpresa. 

Neste jogo aleatório, 

De gato e rato.

A guerra também no sobrenatural, 

Com o ocultismo, o seu aval.

Tornando-se insuportável, 

Ultrapassando o surreal. 


Até quando aguentaremos?

Mergulhados de ponta cabeça, 

Destruindo as peças,

Derrubando as mesas.


Olhando-nos através do espelho, 

Vivenciando a contradição.

De partidos políticos, 

Insuflados pela polarização. 

Esquerda e direita, 

Confraternizando em plena comunhão. 

Enquanto,  o povo,

Em perfeita desumanização. 


Ao perecer tantas vidas,

Seja em qualquer lugar:

No meio da estrada, 

Ou no intitulado lar.

Pequenas almas marcadas,

Pela falta de compaixão. 

Desvanecendo possibilidades de sonhos,

Entregues a qualquer um.

Desatando os nós,

Desfazendo os laços,

Sem nenhum abraço. 


Passos infalsos,

As pedras no chão –

O coração na mão. 

Sem saber a justificativa, 

O mergulho para dentro. 

Silenciando a mente,

De calar a insensatez –

A tentativa. 


Há um espaço de refúgio?

O mínimo de refrigério,

Para manter o dia em equilíbrio. 

Às vezes, tornamo-nos tão estúpidos,

Completa desordem.

Em meio ao deserto,

Visualizando a miragem.

Corpos estendidos,

Os poderosos e suas maquiagens.


Traçamos planos, 

Programamos revoltas,

No caleidoscópio. 


Qual é a margem da integridade física?

Qual a questão da metafísica?

Não há respostas sem argumentos, 

Não há o estouro da boiada,

Sem nenhum arrependimento. 


Sobrevoando o espaço sideral, 

É mais fácil chegar a lua.

Do que haver paz e compreensão, 

Os homens redescobrindo portais. 

Mais uma zona de conflitos,  atuais.

Desperdiçando o tempo,

Na linha de montagem. 


Dilacerando corpos,

O vício lícito.

O conta gotas da opressão, 

Total retaliação. 

Não há quem compre vis palavras, 

Ainda há quem quebre as regras. 

Na empreitada,

Desfavorecidos os inimigos. 

Falsificando comprimidos.

Encontramo-nos desalinhados,

A física quântica. 

A performance iluminada,

Inebriando a visão. 

Sem perceber extasiados,

Alguns -

Por fakes news contaminados.


Mostraremos de fato, finalmente?

Aquilo que somos realmente?

Girando a roleta russa, 

Quem será a próxima vítima?

A fazer parte –

Da triste estatística. 


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