Desordem –
O caos que nos espreita,
Derrubando a cerca,
Invadindo as nossas casas.
Qual o mal que cometemos?
- Perdão!
Qual é o pecado?
- Com exatidão!
O simples fato da existência,
Agindo sem coerência.
Aflorando a barbárie,
Antes escondida.
Hoje mostra a cara,
Sem peso e nem medidas.
Chocando toda a sociedade,
A turbulência manchando a realidade.
A qualquer momento,
A população pega de surpresa.
Neste jogo aleatório,
De gato e rato.
A guerra também no sobrenatural,
Com o ocultismo, o seu aval.
Tornando-se insuportável,
Ultrapassando o surreal.
Até quando aguentaremos?
Mergulhados de ponta cabeça,
Destruindo as peças,
Derrubando as mesas.
Olhando-nos através do espelho,
Vivenciando a contradição.
De partidos políticos,
Insuflados pela polarização.
Esquerda e direita,
Confraternizando em plena comunhão.
Enquanto, o povo,
Em perfeita desumanização.
Ao perecer tantas vidas,
Seja em qualquer lugar:
No meio da estrada,
Ou no intitulado lar.
Pequenas almas marcadas,
Pela falta de compaixão.
Desvanecendo possibilidades de sonhos,
Entregues a qualquer um.
Desatando os nós,
Desfazendo os laços,
Sem nenhum abraço.
Passos infalsos,
As pedras no chão –
O coração na mão.
Sem saber a justificativa,
O mergulho para dentro.
Silenciando a mente,
De calar a insensatez –
A tentativa.
Há um espaço de refúgio?
O mínimo de refrigério,
Para manter o dia em equilíbrio.
Às vezes, tornamo-nos tão estúpidos,
Completa desordem.
Em meio ao deserto,
Visualizando a miragem.
Corpos estendidos,
Os poderosos e suas maquiagens.
Traçamos planos,
Programamos revoltas,
No caleidoscópio.
Qual é a margem da integridade física?
Qual a questão da metafísica?
Não há respostas sem argumentos,
Não há o estouro da boiada,
Sem nenhum arrependimento.
Sobrevoando o espaço sideral,
É mais fácil chegar a lua.
Do que haver paz e compreensão,
Os homens redescobrindo portais.
Mais uma zona de conflitos, atuais.
Desperdiçando o tempo,
Na linha de montagem.
Dilacerando corpos,
O vício lícito.
O conta gotas da opressão,
Total retaliação.
Não há quem compre vis palavras,
Ainda há quem quebre as regras.
Na empreitada,
Desfavorecidos os inimigos.
Falsificando comprimidos.
Encontramo-nos desalinhados,
A física quântica.
A performance iluminada,
Inebriando a visão.
Sem perceber extasiados,
Alguns -
Por fakes news contaminados.
Mostraremos de fato, finalmente?
Aquilo que somos realmente?
Girando a roleta russa,
Quem será a próxima vítima?
A fazer parte –
Da triste estatística.
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