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domingo, 9 de março de 2025

Carta para a humanidade XXV



- Não sou daqui!
- Estou aqui!

Na tentativa de algo,
Ou é uma peça da imaginação. 
De quem sabe,
Redescobrir o paraíso. 
Entranhado por linhas paralelas, 
Observando o que resta da Natureza,
Reflexiva no alto das minhas janelas.
Ofuscada pela fumaça,
Paisagem cinzenta. 
No calor torrencial, 
Entre o concreto e o asfalto. 
Às vezes, perco a razão, 
Desejando jogar tudo para o alto.

O ser humano,
É  totalmente bipolar.
Para a sua sobrevivência, 
Arrefecendo o próprio ar.
O que nos resta então?
Sobreviver na dualidade, 
Amenizando a realidade. 
Ligando ao máximo, 
O grau de existência. 

Como devotos de uma seita qualquer, 
Agarrando-nos a todos os credos  possíveis. 
Em meio à orações e conjuros, 
Alicerçando com fé a esperança. 
O produto cada vez em extinção, 
Está o respeito. 
Fomentado na intolerância, 
Na obsolescência programada,
Ao longo da estrada.
Favorecimento ao capitalismo, 
Impondo a questão da resistência. 
Onde o conforme, 
Cada vez mais inacessível. 

Derretemo-nos neste calor surreal, 
A Terra um ser vivo,
Traduz em sua magnitude, 
O que almeja para si.
Tornando-nos desnecessários,
Um  ser descartável.

Digo e repito:
- Não sou daqui!
- Estou aqui!
Em busca da compreensão, 
Como renegar? 
Fora de cogitação. 

Este é apenas um lar temporário, 
Em nossa pequena estadia.
Devemos fazer o melhor,
E não destrui-lo.
Retornaremos em algum momento, 
Sem sabermos o dia da partida. 
Do jeito e como será,
Só saberemos no instante. 
Preservarmos –
Ponderarmos as atitudes, 
Fará com que trilhemos outro caminho. 
De flores,
Ao invés,  de espinhos.
Repensarmos os atos,
Fugindo da ilusão. 
Não cairmos em contradição, 
Sacrifícios serão indispensáveis. 
Para formatamos melhores dias,
Embora, o tempo pareça tenebroso. 
Iminentes guerras,
Assolando sem precedentes a Terra.
Há algo acontecendo,
Em planos superiores. 
Na verdade  sempre existiu sombrios planos,
Sem darmos a devida atenção. 

Os adormecidos vagando desorientados,
Exímios de responsabilidades.
Incrementando as atrocidades, 
Espalhando a maldade. 
Tudo é questão de nos espelharmos na reflexão,
Quanto mais pessoas ao nosso lado,
Feito grãos de areia –
Haverá chances de reverter este quadro. 
Enquanto,  existir possibilidades,
Sempre estaremos presentes. 
Para que na Terra –
Faça-se uma morada descente.

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