Machucados –
Feridos –
Devastados –
Chagas que jamais fecharão.
Olhos fechados,
O peito acelerado,
Sangrando em demasia.
O ecoar dos estampidos,
A rajada de tiros,
Em looping constante.
Quando cessará a sensação de queda livre?
O mesmo som –
A igual reação.
Batimentos acelerados,
Diante do silêncio repentino,
Ou do sossego dilacerado.
Os gritos de socorro,
Clamando por ajuda.
A corrida contra o tempo,
Para salvar vidas.
De contra partida,
Uma luta desleal,
Ataque surpresa –
Tão surreal.
Quantos mais serão alvejados?
Quantos menos sobrevirão,
A esta guerra sem noção?
Almas aflitas,
O desejo de compreensão.
Moradores –
Trabalhadores sem a plenitude,
Do ir e vir, negado o privilégio,
Correntezas, veios de um velho rio.
Como se não bastasse, o alvo no peito,
O vilipêndio em redes sociais.
Aos que ficaram, o grito preso na garganta,
A briga por manter a memória ilibada.
A verdade nem sempre é estampada,
Feridas de um momento para o outro abertas.
No olhar o apelo pela esperança,
Que respirem outra realidade, as crianças.
Com dignidade e respeito,
A humanidade vivida por direito.
Não oferecidas em doses homeopáticas, migalhas,
Que em algum momento possamos reconhecer as nossas falhas.
Olhos fechados,
O peito acelerado,
Sangrando em demasia.
O ecoar dos estampidos,
A rajada de tiros,
O looping constante.
Cocrio na mente,
Trago para essência –
Um lugar de paz.
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