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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Outros feitiços


Fecho os meus olhos,
Ouço vozes por telepatia.
Delírio ou fruto –
De uma mente criativa?

Lanço um olhar para dentro,
Tentando compreender –
O porque de tantas questões.

Alucinações se convergem,
Misturando-se com as miragens.
A pele limpa –
Cicatrizes transformadas em tatuagens.
Queimando feito brasa,
Fogo de caieira.
Ideais  iminentes –
Jogando-nos na fogueira.

Em tempos atuais,
Os feitiços são outros.
Transmutam-se –
Na perca da essência.

Frutos apodrecidos –
Falta de empatia –
O primor da inconsequência.
Relatos distorcidos,
O amálgama da arbitrariedade.

A crueldade fazendo escola,
Aos menos favorecidos –
Negam-se as esmolas.
Como poderemos reverter,
Tal involução?
Se cada indivíduo,
É contrário da conscientização.

A vida fugindo dos eixos,
Nas entrelinhas,
Fora do compasso.
De pés descalços,
O flagelo,
A lentidão.
Na carne viva –
Passo a passo.

Fecho os meus olhos,
A melodia –
Acompanhando os pensamentos.
Dedicação na busca:
Pelo discernimento.

Quem sabe?
Se algum dia –
Alcançarei a total expansão da consciência,
O despertar para a nova era.

Gene da submissão

 


Em meio à tolices,
Quem é que fala a verdade?
Lavagem cerebral,
Do ser humano a sabotagem.

Corpos morrendo à míngua,
Cansados de trabalhar.
Assolando a estupidez,
Desmerecendo o bom senso.

A alma oferecida pela inércia –
Das indecisões,
Fatídicos acontecimentos.
Pessoas insensatas,
Não respeitam opiniões alheias –
Chegando às vias de fatos.
Cidadão de bem,
Agora um assassino –
Não cogitou o raciocínio.

Mal uso do livre arbítrio,
Nessa vida não resolveu as contendas.
De quantas mais precisará?
Talvez o que experenciamos,
É mero devaneio.
Acontecimentos sórdidos,
Testando a individualidade.

Há muito o que ser revelado,
Os segredos –
Que permeiam toda a existência.
Subjugados por sermos a maioria,
Tratados feito gados –
Com o gene da submissão.

Felizmente existe quem levante a cabeça,
Não suportando os desmandos.
De uma vida que seria pacata,
Desejando a ressurreição.
Criados a imagem e semelhança,
Na sordidez do intelecto -
Perdendo-se na involução.

Para quê tantos sacrifícios?
O desolamento estampado na face,
Triste retrato.

Deficit de cidadania


O poder oculto,
A face mascarada –
Dando as cartas,
Velhas e amassadas.
Sem nenhum trocadilho,
Falta do reflexo –
No espelho.
Pelo sangue inocente,
Manchadas –
Vivo vermelho.

Desmedida polarização,
Apenas a ponta do iceberg.
A sociedade:
Teatro macabro e imperfeito.
A humanidade:
Manipulação colocando uns contra os outros.
A singularidade caindo por terra,
Enterrando-se na sarjeta.
Visando o monopólio,
Subtração de poderes.

A ascensão forjada,
O apoio comprado.
Tudo está a venda?
Arrefecendo o império,
Desmanchando-se feito papel.
Na síntese falta a concepção,
Números em subtração –
O déficit da cidadania.
Pessoas  se engalfinhando,
Por uma infeliz utopia.
Cadê a argumentação?

A idolatrada aquisição financeira,
Todo o teor do conservadorismo –
Desfazendo-se.
Projeto fajutos,
Valem menos do que o gato enterra.
Pregando a idolatria,
Pessoas comuns sem o mínimo.
Vigiados o tempo inteiro,
Condicionados ao desmantelo.
Não existindo algum elo,
Com a empatia –
Banhando-se em heresia.
Iguais costumes,
Dá lamacenta burguesia.
Na distópica imprecisão,
Como serão os próximos dias?

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Horrores da escravidão

 

Polarização –
As pessoas municiadas pela idiotização.
Um país em apuros,
O povo fadado sem eira e nem beira -
Segurando-se em qualquer boia de salvação.

Por políticos sem escrúpulos –
Horrorizados,
Agindo a luz do dia.
Crimes hediondos,
Expostos na mídia –
Escancarados,
Para quem quiser ver.

Lavagem cerebral,
Atitude sem igual.
Mortes e mais mortes,
À sangue frio.
O sacrifício sob medida,
Ultrapassando metas.
Meses e meses se seguem,
Barbaridades e descobertas.

Por muito menos,
Assolando o lado macabro –
A torto e a direita.
Um vulto na esquina,
À espreita.
Quem será a próxima vítima,
Mais um corpo na sarjeta?

Quando será o vislumbre,
Do mais novo dia?
Onde não seremos mais forjados,
Por sermos quem se é.
Não mais lutar para sobreviver,
Usufruir da vida,
Como deve ser.

Talvez seja um sonho tardio,
Em meio a globalização.
Um governo pautado no conservadorismo,
Capa sombria protegendo os desmandos.
Fingindo combater algo que deveria,
Na surdina cometem  a degeneração.
Imputando pecados na ilicitudes,
Sentando-se sobre os horrores da escravidão.

Lacuna do egocentrismo


O mundo –
As pessoas –
Estão passando por um momento de transição.
Em looping,
O vazio profundo de suas almas.
Tendo em vista o imediatismo,
A solução.
Como estado líquido e volúvel,
Onde em qualquer lugar possa se encaixar.

A chave para a transmutação,
Está mais além do que qualquer modismo.
Muitas pessoas falam o tempo inteiro,
Sem muito o que dizer –
Perdendo momentos preciosos,
Deixando transparecer:
A falta de essência.
Menosprezando a sensibilidade alheia,
Aprofundando-se no narcisismo descabido.

As resoluções parecem falhas,
Não preenchem a lacuna do egocentrismo.
Fazendo questão de espalhar o mal,
Que reina dentro de si.
Não disfarçando o autoritarismo,
Deixando claro a perversidade –
Derramada no olhar.
Talvez se alimentando da energia densa,
Que paira no ar –
Aniquilando o bem a sua volta.

Ainda sim –
Somos agraciados por aqueles,
Cujo, diferem-se os pensamentos.
Antagonizando –
Desprezando –
Essa atmosfera tenebrosa.

O culto ao sadismo,
Colocando abaixo.
Mesmo que para isso,
Possa exaurir as nossas forças.
A demanda é grandiosa,
A resiliência é significativa –
Na luta entre o bem e o mal.

Vulnerável liberdade

 

Borbulhando a ansiedade,
Milhões de pensamentos –
Vasculhando a alma.
O raciocínio latente,
À mercê da resiliência.

A sagacidade em contraste –
Com a dura realidade.
Que nos cerceia,
Tira o chão.
Colocando-nos no mesmo parâmetro,
Ponto de ebulição.

A vida –
Em busca da reconciliação.
Na correria diária,
A agitação.
Desconcertante alucinação,
Dando a impressão –
De estarmos jogados ao leu.
Em um laboratório,
O livre arbítrio como presente.

Vem a tormenta,
Vulneráveis feito papel.
Jogando nas costas a culpa insurgente,
Transformados em seres odiados –
Prontamente para servir,
De maneira hostil.
Em busca do capitalismo,
Escravizados.
A liberdade como quimera,
Constante loucura –
Para conquistar a sedução.

Alienados –
Aprisionados –
Sob o véu do esquecimento.
Alguns agraciados,
A maioria condenados.
“Comendo o pão,
Que o diabo amassou.”

A graça compartilhada,
Por aqueles que  compartilham –
Do mesmo grupo.
O desperto –
O contestador –
Caindo em desgraça.
Condenados –
Qual é a graça?

Na labuta,
Não há linha divisória.
Na luta com a mão armada,

É outra história.

domingo, 9 de outubro de 2022

Poder descrente

 

Vozes ecoando à todo momento,
Perambulando pelos pensamentos.
Com algo a ser dito,
Se será proveitoso ou não –
Fica a cargo do discernimento.

A humanidade massa falida,
Desmoralizada pela crueldade.
Destruindo a evolução,
Cometendo os velhos erros –
Esquecendo-se da própria essência.

Atos impensados,
Hostilidades –
Impaciência.
Os genes da perversidade,
Em ascendência.
O gesto de empatia,
A desmoralização.
A crueldade em ação,
Para alguns –
A diversão.

Uma batalha sem igual -
Cabo de guerra,
Sem precedentes.
Aos bons de coração:
Da consciência a expansão,
O despertar com urgência.

Renascendo –
Reconstruindo –
O emanar de boas energias,
Em alta vibração.
Este é o início,
Para a regeneração.
O impacto na alma,
A condição.
Estupefatos na contramão,
Da vida humana –
A desvalorização.

O ocultismo à nossa volta,
Sacrifícios em larga escala.
Por onde andará a salvação?
Governo genocida,
Não há compaixão.

Crimes –
Vidas inocentes –
Poder público descrente.
Cortes de verbas –
Avareza,
A ganância.
Nos seguintes anos,
Iguais modos operandis.
Cedendo com uma mão,
Arrancando com a outra.
Cobrando o preço injusto,
Muito alto além do que provém.
Aprisionando mentes,
Atos inconsequentes.

Alto preço


 

Humanos?

Não sou daqui!

O coração estrangeiro,
Vaga por este lugar.
Na ânsia pela justiça,
Qual será o decreto?

Atos irrelevantes,
Fatos destorcidos.
Fazendo-nos reis,
Das próprias escolhas.
Tornando-nos mestres,
De ações equivocadas.

De maneira despretensiosa,
Não faço jus a este lugar.
Há condutas –
Que arrefecem o ar.
De pés e mãos atados,
Grilhões invisíveis.
No repúdio do mal,
Entorpecendo-nos o caos.

Seres humanos,
A crueldade banal.
Atitudes incorretas,
A perversidade –
Por motivos fúteis.

Um alto preço,
Pago injustamente –
Pelas atrocidades.
Mortes vorazes,
Do futuro em transformação,
O destino da humanidade.

Porém, prendemo-nos à pensamentos,
Tão pequenos e arbitrários –
Afugentando a expansão da consciência.

Crianças crescendo desnorteadas,
Em meio à violência.
Municiados pelas redes sociais,
Não há lógica –
Nenhum pingo de clemência.

A destruição cobra o seu preço,
Chora a Grande Mãe Terra.
A iminência de guerras,
Ataques nucleares.
A temperança indo pelos ares –
Como prosseguir,
Ao menos resistir?

Notas oficiais

A magnitude dos atos,
A exploração da consciência –
Lavagem cerebral,
Fatídicas consequências.

Um paralelo de utopia,
Desvencilhando a lucidez.
Guerras travadas –
Em qual lado acreditar?

O real em dualidade,
A maioria sem muito com o que se preocupar –
Deixando-se levar no banho Maria,
O tanto fez, como o tanto faz.

As notas oficiais,
Nada dizem.
Pelo contrário:
Contradizem.
No fogo cruzado,
A encruzilhada.
Palavras sem conteúdo,
Explorando a distorção.
Estado cruel,
Promovendo incautos ídolos.

Ânimos acirrados,
Ao bel prazer aprovado.
Na lucidez destorcendo os fatos,
A incongruência por decapitação.
O povo na favela,
A exclusão.
Destruindo a história,
Arrefecendo a educação.

Um país sem memória,
Fadado ao esquecimento.
Empobrecendo a cultura,
O seu crescimento.
Governantes insatisfeitos,
Ganhando milhões de votos –
Em prol do emburrecimento.

À passos largos a Involução,
Construindo o capitalismo –
Redes sociais,
A ostentação.
Na vida real:
A geladeira vazia.
Esperança tardia,
Morrendo à míngua.
Sem o mínimo,
Total desconforto.
Aguardando o salvador da pátria,
Ajuntando-se aos párias.

Onde está escrita a verdade?
O sofrimento como modo de expiação,
Reinventando os pecados que não se tem.
Agindo como lhes convém,
Escravizando os que lhes mantém.


sábado, 8 de outubro de 2022

Cidadãos reacionários

 

Marchamos lentamente para o abatedouro,
Consequências das escolhas equivocadas.
O mundo em turbulência –
Esquerda ou direita,
Não adianta ficar encima do muro.
De que lado você está?
Reativando a consciência,
Necessária a resistência.

Analfabetismo político,
O poder da ignorância.
Levando-nos ao extremo –
Polarização.
O pobre favelado,
O que menos tem:
Liberando munição,
Para o opressor.
Ovacionando o obsessor,
Inconsequente ditador.
Cidadão reacionário,
Incauto arbitrário.

Nos tele-jornais,
Mídias sociais.
Um povo escravizado,
Sofrendo censura.
Calado –
Amordaçado.
Século XXI,
A ditadura.

A população negra,
Desde sempre torturada.
O chicote,
Cortando a carne -
Rasgando a alma.
O sangue não velado,
O sacrifício.
Em prol de uma justiça,
Alimentando energias –
Ganâncias nefastas.

O ocultismo –
Revelando a face sombria,
Cada vez mais asquerosa.
Na excitação cruel,
Na perversidade que desarma.
Mais uma vida forjada,
Quantas mais?

O mesmo país –
Que deveria dar abrigo,
É o mesmo que escorraça.
Em tons de ameaça,
Políticos desalmados.
Usurpando o poder,
Comprando votos –
Aniquilando a dignidade.
Crescente alienação,
Não há argumentação,
Total submissão.