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terça-feira, 13 de setembro de 2022

Mil e uma teorias

 

Um mundo lúdico,
Imaginário.
Outras dimensões,
Miscelânea –
Do presente com o passado.
Rostos conhecidos,
Outros não.
Talvez não reconhecidos,
Que em algum momento –
Por minha vida passarão.
Será?
O surreal –
Completa incompreensão,
Enfim, nenhuma conclusão.

A humanidade distorcida,
Acontecimentos enigmáticos.
A criação,
Mil e uma teorias.
Em busca da verdade,
Para vim a tona –
Em algum dia.

Observando ao nosso redor,
Completo absurdo.
Comportamento desumano,
Estava incluso?

Rebuscado da tecnologia,
O homem em franca expansão.
Gasta-se milhões,
Em projetos que já nascem falidos.
Cometendo o maior dos pecados,
A fome em desenfreada proporção.
A ganância do poder,
Gerando a incredulidade.
Diga-me:
Se somos humanos de verdade?

A dor da injustiça,
Martelando na mente.
Pessoas desprezíveis,
Totalmente descrentes.
O buraco no estômago,
No barraco ao lado.
Um país de desordeiros,
Burguesia baderneira –
Com banquetes abarrotados.

Ao pobre –
Ao favelado –
O racismo marcado na pele,
Os açoites dos tempos modernos.
Rasgando a carne,
Fazendo sangrar a alma.

Triste sina,
Um povo que tem tudo –
Para viver outra realidade.
Os políticos de chacotas,
Desde sempre promovendo barbaridades.
Roubando –
Matando –
Escravizando –
Ações que amam cometer.
Enquanto, isso a população a perecer –
Completamente desamparada.

Agora me diga:
Se as cartas não estão marcadas?
Manchadas pelo vermelho,
De cidadãos inocentes -
Que provoca o luto.
Fazendo multiplicar a fortuna,
Tão descaradamente.

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Distopia da manipulação

 

Realidade paralela,
Por onde anda a verdade?
Alucinações,
Completa dualidade.

Distopia da manipulação,
Jogo de ganância,
A ambição.
Acúmulo de riqueza,
Grande maioria na pobreza.
Massa falida,
Submergida na polarização.
Contraindo-se as mentes,
Na contramão da evolução.

Juízos imperfeitos,
Corpos doentes.
A sociedade e precarização,
Desfazendo-se do básico.
Escapando feito areia,
Em suas mãos.

Na arbitrariedade da escassez,
Reações inertes –
Perversa estupidez.
Na direção do consenso,
À olhos vistos,
O retrocesso.
Atitudes pelo avesso -
Pela vida do próximo,
O desprezo.

A militância em alta rotatividade,
O poderio bélico em ascensão.
Onde devia ser o contrário –
O desarmamento.
Porém, somos seres desprezíveis,
Sem o menor discernimento.

As cartas já foram marcadas,
Os abutres à espreita –
Loucos para enfiar as garras,
Não há trégua –
Nesta banal guerra.

Quantas vidas mais tombarão,
Neste dilema de azar?
Não basta o vírus sufocando,
Arrefecendo o ar.
Sacrifício sórdido e delirante,
Pecados, crimes e conchavos.
Diga-me em que lado está,
Desfazendo-se dos atrativos.

Efêmero realismo


Será a vitória certa,
Neste mundo ilusório –
Marcado pelo retrocesso?

O distanciamento,
A crueldade –
Deixando vítimas,
Um rastro de sangue.
Não enxerga,
Quem não quer.
Relativizando,
Normalização.

O pecado –
O crime –
Como afronta.
Deixou de existir:
O certo,
O errado.

Não há mais limites,
Para atingir objetivos nefastos.
Persuadindo –
Impregnando –
Comprando –
Rendendo-se –
Ao Estado destruidor.

Arruinando vidas,
Excluindo –
Os que pensam diferente.
A ditadura –
Não mais velada.
A senhora democracia,
Pouco a pouco –
Calada.

Enquanto, houver vozes,
Lutando contra a repressão.
Crescentes serão as mentes,
Em expansão.
Extirpando por completo,
Este mal –
Desfazendo o caos.

Pensamentos contraditórios,
Atos alucinados.
A pequenez,
Grande demonstração da covardia -
Pungente hipocrisia.

Arruinando-nos –
Tombando como peças,
O entretenimento.
Nos jogos de azar dos governantes,
Onde brincam de Deus –
Mas não passam de meros coadjuvantes.
Ocupando o lugar,
Em que pode ser o próximo –
Efêmero realismo.

Quando finalmente,
O grande dia chegar –
Não haverá escapatória.
Não teremos para onde fugir,
De nada valerá o status social –
A ascensão,
Mudança de chave, primordial.

Artimanhas da dissimulação


Presenteados com mais um dia,
A vida acontece sem muitas pretensões.
O sangue correndo quente, realizando o seu papel,
O oxigênio fluindo.

Às vezes, algo soa fora do tom,
Inconstante –
Entorpecendo a aura.
Mesmo que nada ressoe,
Ao modo em que desejamos –
Há o mito da esperança.
O anseio para que o novo aconteça,
Embora criando expectativas –
Acontecendo as decepções.

Jamais devemos nos entregar,
Em alta vibração –
Tudo se encaixará com o tempo.
Resultando em pequenas perfeições,
Nas humanas imperfeições.
O que é de concreto – Vital,
Um dia ressurgirá.

Os acontecimentos nem sempre a contento,
Reverbera na aura.
Não podemos nos abater –
O entretenimento diário,
As tarefas,
São resultado de boa convivência.
A capacidade da eloquência -
No mundo atual,
É tão desafiadora,
Quanto ao medo -
De não sermos aceitos.

A maldade – O caos –
Possuem artimanhas da dissimulação,
Contribuindo com as contendas.
Realizando a banal bagunça,
Retirando tudo fora do lugar.
Invertendo as trajetórias,
Em um universo enigmático.
Onde precisamos provar,
Estabelecendo metas -
Para não criarmos contradições.

Nada condiz com os pensamentos,
Realidade paralela –
Desprendida da verdade.

domingo, 11 de setembro de 2022

Transgressora realidade

 

De repente, tudo muda de figura,
Transformando-se em uma atmosfera densa –
Tão pesada quanto a aura de alguns.
A escuridão tomando conta do lugar,
Transgressora realidade –
Levando embora consigo toda a verdade.

Qual a razão –
O motivo para tamanha expiação?
A designação para que tudo aconteça,
Encontram sempre uma explicação.
Mas será de fato uma constatação?

Vidas sacrificadas –
Corpos tombados ao chão.
Quantos futuros interrompidos,
Por vil motivação.
A deterioração da raça humana,
Dá-se gradativamente.

O presente –
Espelhando-se com o passado,
Culminara na destruição.
Do pó viemos,
À ele retornaremos –
Vaga lembrança de um mundo,
Destruído pela ambição.

Poderosos governantes,
Desejando ser mais do que o outro.
Aniquilando países adversários,
Pelos labirintos da hipocrisia.
Na demanda do poderio bélico,
Promovendo arruaças -
Aos mais fracos a desgraça.
Se não for do seu jeito,
Como mimadas crianças –
Fazendo pirraça,
Dissimulando inocência.

No final são todos culpados,
Pelo flagelo humano.
A devastação como plano,
Provocar o caos como meta.
Para apaziguar –
Dando falsa impressão de segurança.

Desastroso quadro

A vida pertinente,
Milhões de seres –
Indulgentes.
No ato surreal,
Da sobrevivência.
O repúdio,
A adrenalina –
No sangue quente.

Bem e o mal,
A luta entrelaçada.
Desde o início,
Do tempo –
Colocando à prova,
Toda criação.

Reis e rainhas,
Demais governantes –
O enredo da manipulação.
Distopia –
Perfeito estado,
A putrefação.
Onde tudo se deteriora,
À olhos vistos –
À sentimentos crus,
Sobre o prisma –
Incrédulo.

Em constante divagação,
Tornando-nos mecânicos.
Zumbis –
Em pleno século XXI.
A ostentação,
Vale mais do que a atitude -
Em ato primordial.

As coordenadas,
Do que é certo –
Tornam-se invisíveis,
Priorizando bens materiais.
No lugar da individualidade,
Parecer como os outros –
Transformou-se em prioridade.

Gradativamente,
Perdemos a fé,
No que é essencial.
Na transmutação,
Do universo.
A ressignificação,
Deve ser uma constante –
Em nossas vidas.
Para reverter,
O desastroso quadro.

Tudo está pautado,
No simples -
No menor ato de gentileza.
Entretanto,
Parece que nos perdemos,
No meio da estrada.
Desativando a engrenagem –
Do amor.
Desalinhando a conexão,
Uns com os outros –
Religar é primordial.

Justiça cega

 

Ao paladar o gosto amargo da injustiça,
Uma sensação de revolta –
Transcendendo o dia.
Baixa vibração,
Na luz desfocada da visão.

Em horas solares –
Onde o raio cai certeiro,
Impondo pela força a destruição.
Quem sabe em algum momento,
Se dá a reviravolta?
O tempo não volta atrás,
Pelas leis naturais –
Não acontece a ressuscitação.

Mas que a justiça seja feita,
Devolvendo um ar de novidades -
Onde as tragédias possam ser evitadas.
No momento presente,
O egoísmo é colocado em primeiro lugar.
A lealdade é descartada,
Como algo indesejado.

A resiliência nos faz sobreviver,
Sobre uma coluna pueril da hipocrisia.
Pessoas desprezíveis,
Movidas por uma disputa de interesses -
Com o único intuito em se dar bem,
Reconhecendo entre si os psicopatas,
Em devaneios alucinógenos -
Impregnados por falso autoritarismo.

A mesma justiça que é falha,
Também fecha o seu olhar –
Para a triste realidade,
Principalmente, para a verdade.
Alicerçada na mentira,
Levando para si quem paga mais.
Rendendo-se à motivações torpes,
Em jogos de disputas –
Velho cabo de guerra.
Jogando-nos de um lado para o escanteio,
Principalmente, quem mais necessita.
Arrefecendo as oportunidades,
Fechando em nossas faces,
Na cara dura – As portas.

sábado, 10 de setembro de 2022

Impugnação dos fatos

A humanidade –
Seres ditos irracionais.
No íntimo de seu primitismo,
Agem como irracionais.

Ao outro, semelhante ou não,
Descarrega toda a sua raiva.
Destilando o ódio e o rancor,
Perpetuando a falta de amor.

Em tempos atuais,
O antagonismo do passado –
Refutando no futuro.
Em sobressaltos, os apuros,
A injustiça e toda a imperfeição.
Com toda a tecnologia,
Na contramão da razão.

O livre arbítrio,
Qual é o álibi para a defesa?
As mazelas –
Colocando as cartas sobre a mesa.

Na quimera alucinógena,
Levando-nos a fugir da realidade -
O metaverso fora do contexto.
Triste falha na linha do atemporal,
Ou mero relapso intencional.

Aos acontecimentos que nos desfavorecem,
Invertendo as ordens naturais.
Condensando o espaço tempo,
Aleatoriamente –
Na impugnação dos fatos,
Transitoriedade.

Quem somos realmente?
Por que travamos está batalha,
Com o inconsciente?

A razão e a emoção,
Nesta guerra infinita –
Em nosso interior.
Não cedendo espaço –
Para o discernimento.

Às vezes, ou na maioria delas,
A crueldade no centro dos acontecimentos.
Fazendo-nos cair abruptamente,
Em uma espiral sem saída.

 

Destino à espreita

Ninguém nunca sabe o dia de amanhã,
Para ficar arrotando burguesia falsificada –
Ilustrando um quadro que não existe.
Pobres disfarçados de ricos,
O destino à espreita –
Pronto para dar o bote,
Feito uma cobra peçonhenta.

De um segundo para o outro,
Tudo muda de figura.
O estado perecível de graça,
Caindo em desgraça -
Dias e dias, dando-se bem.
Chega um momento,
A armadilha é acionada.
Testando o livre arbítrio,
Com ou sem postura.
Mostrando realmente:
O lado em que está,
Encima do muro –
Não é o lugar.

A abominação,
A falta de compostura.
Demonstrando o prisma,
A visão mais perversa –
De uma mente doentia.
Os fatos são reveladores,
Entre a cruz e a espada -
Intrigantes detratores.

Urgência para novos desafios,
Será?
Passando por cima de tudo,
E de todos –
Podre carniça,
No estado aleatório.

Talvez o passar do tempo,
É apenas um capricho.
Mergulhados na rotina,
Querendo se mostrar aos demais.
Faz parte da franca vaidade,
Fazer-se sempre presente.
No jogo da discórdia,
Alimenta a aura na realidade –
Repugnante o destempero,
A maldade alheia.
No imbróglio da superação,
Refazendo-se a cada realização.


Grande tabuleiro


Uma grande reviravolta está por acontecer,
A desmoronar – O futuro -
Desfazendo-se como areia em nossas mãos.
O grande tabuleiro,
As suas peças viciadas.
Articulando-se em movimentos frenéticos,
Desenvolvendo novos papéis.
A humanidade seguindo em novas direções,
Sem freios, avançando ao retrocesso –
Os olhos vendados.

A mídia e suas articulações,
Desejando nos prender em suas teias –
Condicionando-nos ao bel prazer,
Como vacas de presépio.
Sem argumentos,
Nem muito menos respostas.
O inimigo aniquilando,
Façam as suas apostas.

Neste jogo,
A mentira é aliada.
Mentes alienadas,
Usufruindo de subterfúgios –
A grande demanda por artifícios.

Remexendo velhas cartas:
Oposição e situação,
Trocando de lugar.
Interesses infiltrados,
No campo inimigo.
Vale tudo no titubear da discórdia,
Para conquistar o objetivo.
Chegando ao topo,
Derramando o sangue do oponente -
Mesmo que não se faça necessário.
Quem se importa?
Menos um adversário.

Nessa batalha –
Que de aleatória não tem nada.
Na transgressão de destinos inocentes,
A população –
A maior parte desavisada.
Enxerga-se de um lado para o outro jogada,
Sem saber qual será o dia de amanhã.
Crescente precariedade,
Sobrevivendo às adversidades.